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"Aruák"
Releitura de "Rocco", de Marcel Van Luit
Artista: Priscila Sissi
Lápis de cor sobre papel A3 180 g/m2 de 25 x 32 cm
Ano: 2020
Local: SP - Brasil
A obra "Aruák", em releitura da arte digital de Marcel Van Luit, homenageia a vinda pré-histórica do primeiro grupo de humanos vindos da Ásia para a Brasil, atravessando o Estreito de Bering e as Ilhas Aleutas, até chegarem a terras amazônicas.
Embora se saiba que toda a espécie de homo sapiens seja originária da África, estudos antropológicos desvendaram que nossos ancestrais, em sua natureza migratória, na Idade do Gelo, entre 40.000 e 12.000 a.C., chegaram caminhando até a Ásia e, a partir deste ponto, rumaram cada vez mais ao leste, até alcançarem a região da América há cerca de 14 a 16 mil anos.
Quando da chegada dos portugueses à região amazônica, em 1616, já se contava uma população de 6 milhões de índios por ali. Dentre as tribos locais, reunidas por afinidade linguística, lá estavam os Aruák (Arawak ou Aruaques): indígenas de origem neolítica, agricultores, coletores e pescadores, que lá nas Bahamas já haviam se maravilhado com as chegadas embarcações de Cristóvão Colombo, e que foram o primeiro grupo de indígenas a estabelecer contato com os viajantes europeus.
Assim, a obra "Aruák" vem simbolizar não apenas a comunicação entre os povos, mas a genealogia que une todas as gerações de humanos, fruto de uma mesma ancestralidade biológica.
Veja-se que o pequeno índio está acompanhado de um pavão, cujas penas enfeitam seu cocar.
A ave, originária da Ásia, vem indicar a procedência dos primeiros grupos de habitantes que povoaram o Brasil. Mas, também, por ser considerado místico na Índia e em outros culturas do Oriente, aparece como símbolo de renovação, imortalidade e renascimento. A coroa de plumas em sua cabeça remete à estrela de seis pontas, sugerindo a conexão com a espiritualidade; e os ocelos das penas da cauda, que se renovam naturalmente a cada primavera, designam a capacidade de regeneração e representam a onisciência divina.
Como diz o poeta Crisódio T. Araújo:
Lembra pela última vez
Que a história da tua ancestralidade
É a história da tua Terra Mãe...
ARAÚJO, Crisódio T. Poema ancestral. Escritas.org. Disponível em: <https://www.escritas.org/pt/t/5529/poema-ancestral>. Acesso em 03 de setembro de 2020.
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